segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Suíça: o mais perfeito déjà-vu



"Déjà vu é uma reação psicológica, para por vezes tornar um local mais acolhedor, fazendo com que sejam transmitidas idéias de que já se teve naquele lugar antes, já se viu aquelas pessoas, etc.. O termo é uma expressão da língua francesa que significa, literalmente, já visto." [fontemuito confiável :)]

Em julho, quando fiquei sabendo que viria para a Alemanha, contei para minha família da Suíça. (Quando digo "minha família da Suíça", entenda-se a família que me hospedou durante os 11 meses que morei lá entre 05 e 06)
A primeira reação deles foi: "Vicki, o vôo de Hamburgo para Basel com o Easyjet custa só 22 Euros!". Ou seja, eu seria muito bem vinda na casa deles.
Os planos eram de passar o Natal por lá. Deixei para comprar a passagem mais tarde - afinal, não sabia como exatamente estaria minha vida na Alemanha no momento.
Alguns meses e muuuuitos Euros mais depois, comprei minha passagem afinal.

Dias antes da viagem os meus nervos me consumiam. Na noite anterior tive que mudar de quarto no mesmo dormitório. Foi bom pra me manter ocupada, pois não conseguia ficar quieta na cama.
Me revirava, revirava, e enfim chegou 5h30 do dia 23 de dezembro, hora de ir pro Aeroporto. Com antecedência demasiada, como de costume, cheguei, fiz check in, e esperei. Esperei, esperei, esperei. E tive que jogar fora a gararra de caipirinha que estava levando de presente -- nada de liquidos na mala de mão e despachar bagagem custaria 80 Euros a mais que eu com certeza não estava disposta a pagar.

Pouco depois das 10 horas da manhã o avião pousa em Basel. Nuvens, dia cinzento. O meu coração batia mais forte do que eu podia aguentar.
Vejo a Hannah, minha "irmã" mais velha, me acenando de longe. As lágrimas escorrem enquanto nos abraçamos. Como eu senti tua falta...

O caminho percorrido de trem foi recheado de conversas, novidades, inglês&alemão. Eu não entendia mais o dialeto falado na rua. Hannah me disse que o meu "pai" suíço estava muito ansioso para me ver. Percebi isso em seu abraço apertado assim que chegamos à estação de Lohn-Lüterkofen, onde ele nos esperava com o carro para irmos para casa almoçar. Foi como nos velhos tempos.

Fiquei sabendo que a Monika - minha "mãe" suíça - havia perguntado a todos qual era minha comida preferida, para poder fazer quando eu chegasse. Não sei de onde alguém tirou que era lasanha - pois no meio de tantas maravilhas suíças este é o último prato que eu pensaria em comer - mas o amor colocado ao cozinhar (desculpem o clichê) fez com que o gosto fosse ótimo.

Fui apresentada à nova casa. Diferente e menor do que a que morávamos, mas exatamente ao lado de onde a antiga casa é. Meu novo quarto seria no escritório - que, agora fiquei sabendo, é considerado simplesmente o quarto da Vicki, e não mais somente o escritório.

Os móveis continuam os mesmos. A cozinha enorme, totalmente equipada e limpa. Apenas uma nova surpresa: um banheiro extra com uma banheira de hidromassagem gigante que funciona como uma piscina aquecida e que fica sempre cheia. Me arrependi de não ter colocado um biquini na mala -- mas indo para a Suíça no meio do inverno, quem iria imaginar?

2 comentários:

Anônimo disse...

Oi Vicki!
Adoro o teu blog, sempre que posso dou um passadinha aqui! Cada vez que leio um post me dá uma vontade de viajar, ir ao mundo, conhecer cada lugar que tu descreve.
Um beijo grande!
Melissa

Anônimo disse...

Oi Vicki! Estava com saudades das tuas postagens. Não esqueça aqui do Brasil, adoramos ler teu blog, as novidades, as lindas paisgens. Um abraço, Ana