segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Suíça: o mais perfeito déjà-vu - parte 2


Antes de chegar para visitar a Suíça, pensava em viajar por lá. Afinal, seria quase uma semana. Poderia rever os lugares que sentia falta e ainda visitar algumas coisas famosas que não conheci quando estive lá (leia-se Matterhorn).

Pois bem, eu não recordava que na verdade o lugar onde morava era Hessigkofen: uma vila com 200 habitantes no meio do... campo. Em minha (cof cof) juventude quando estive por lá ia de bicicleta para a estação de trem, 7km adiante da minha casa. Não sei se é a idade que chegou ou só a época que escolhi ir, mas foi quase impossível colocar os pés para fora de casa por causa do frio. A minha única tentativa de andar de bicicleta por Hessigkofen resultou em bochechas congeladas (a única parte desprotegida do meu corpo) e dor no nariz por causa do cheiro de estrume que eu não lembrava que tinha por lá.

Eu poderia ir para a estação com o ônibus - não fosse o fato de que eram férias escolares e os ônibus não funcionam durante esse período.

Minha estada na Suíça, portanto, muito longe de ser para turismo, serviu para relaxar, ler, ler, ler, dormir, comer comida deliciosa feita em casa e aproveitar o tempo com a família. Reli os livros que havia deixado lá - eles guardaram a caixinha com as minhas coisas - e eles pareceram tão bons agora quanto nas últimas 3 vezes que os li. Mas claro, não foi somente isso. Viajei um pouco. Bom.. quase.

Passei uma tarde em Solothurn, a cidade na qual havia estudado. Só o ar de lá já me emocionou. A estação de trem meio suja, o vento cortanto meu rosto, os mesmos músicos de 3 anos atrás, a catedral imponente, a iluminação de Natal... tudo pareceu tão perfeito quanto antigamente.

Visitei Bern também, a capital suíça onde tive curso de alemão por um mês e a qual eu visitava às vezes quando não tinha energia (ou saco) de ir para a escola. Passeei um pouco. Fiquei triste por não conseguir mais lembrar do caminho para os meus lugares favoritos - mas feliz por perceber que quase nada mudou. A estação de trem continua a mesma, o mesmo cheiro - quem sabe até as mesmas pessoas. A enorme livraria na qual passei tantas tardes sonhando, o rio, a torre da igreja. Conheci uma coisa nova dessa vez: o museu do Einstein. Me arrependia de não tê-lo visitado quando morei por lá - mas dessa vez me arrependi de ter pago para entrar. Legal e tudo mais, mas totalmente abaixo das minhas expectativas.


Mas enfim, por que considerar a Suíça um déjà-vu?
Aqui vai a resposta:

Solothurn 2006:


Solothurn 2008:


Vista para o centro de Solothurn 2005:


Vista para o centro de Solothurn 2008:


Decoração de Natal em 2005:


Decoração de Natal em 2008:


Anoitecer no inverno de 2005:


Anoitecer no inverno de 2008 com uma foto borrada:


Nossa casa em 2005:


Nossa ex-casa em 2008:


Annegret, a Grossmutter e eu arrumando o pinheiro de Natal em 2005:


Hanni arrumando o pinheiro de Natal em 2008: (ela não queria que eu tirasse a foto)


A família Marti e eu em 2005:


A família Marti e eu (encolhida porque sou maior que todos eles) em 2008:


Hannah, Leo e eu em 2006:


Hannah, Leo e eu em 2008: (infelizmente sem Paris no fundo)


Dessa vez não tivemos neve no Natal; a cadela da família morreu, os cavalos também. A Hannah está de namorado.


Por incrível que possa parecer, muita coisa mudou sim. Ou talvez o que tenha mudado foi o meu jeito de vê-las. Seja como for, fico feliz de ter sido muito bem recebida pelos Marti e de perceber que sou importante para eles. Essa família fez parte de um ano de muito amadurecimento e mudanças na minha vida - agora percebo que também mudei algo na vida deles.

Para quem quiser ler um pouco sobre a minha experiência na Suíça... Suíça - Pequeno país, Grande experiência

E só porque estava revendo as fotos e achei isso curioso... Uma foto de quando eu estava na Suíça com cara de 13 anos (eu tinha 17)

Um comentário:

Misael Lima disse...

Deus usou um ctrl+c, ctrl+v.


Malandro ele...