sábado, 20 de dezembro de 2008

Berlin - Dia I


Quando chegamos em Berlin descobrimos que o Sina (do Irã) estava vindo de ônibus, porque tinha chegado atrasado para o trem. Isso significou que tivemos que pagar mais pela passagem de trem, mas ok. A passagem que compramos é uma chamada Schönes Wochenende: custa 35 Euros para qualquer lugar da Alemanha e é válida somente em finais de semana. Só que uma só passagem pode ser usada para um grupo de até 5 pessoas! Então se tivéssemos mais gente para dividir conosco, melhor.

Encontramos lá a Fabienne, do time de Intercâmbio da Aiesec Hamburgo, cujos pais moram em Berlin. Ela foi nossa guia (e segundo o Yang, "big mom" (grande mãe)) durante o final de semana.
Como eu tinha um livro sobre a Alemanha - que ganhei da Déia e do Marcel - já sabíamos tudo o que queriamos ver na cidade.



O primeiro lugar foi Fernsehturm, a torre de televisão.
A torre pode ser vista de quase toda a cidade, por ser a construção mais alta. Baseada na Fernsehturm de Stuttgart (que eu por sinal visitei há 3 anos), foi concluida em 1969. Queriamos ter subido, mas a fila era enorme, perderíamos metade do dia lá. E a entrada custava 11 Euros...



Depois de lá, caminhamos pelo Alexanderplatz. O local tem esse nome como uma homenagem ao imperador Alexandre I da Rússia, que visitou Berlin no início do séc XIX. Tiramos então fotos com o Weltzeituhr, que seria em português algo como Relógio Mundial. Ele mostra hora em muitos locais diferentes e de várias formas ao mesmo tempo. Eu não consegui entender como ele funciona, mas enfim.



Passamos pelo Rotes Rathaus, que é a prefeitura de Berlin. O nome foi dado devido à cor avermelhada da pedra com a qual o prédio foi construido. Durante a Segunda Guerra ele foi severamente afetado, mas foi reconstruído entre 51 e 58 e se tornou a prefeitura da Berlin oriental.


Na praça havia ainda uns cantores russos e eu não resisti e fiz um video... Pensando agora, não sei de onde eu tirei que eles eram russos. Podem ser de qualquer lugar... Eu não entendo a lingua em que eles estão cantando.





Foi então que a parte mais "tocante"da cidade de Berlin começou a chegar.

Primeiro, um monumento a mortos na Segunda Guerra. A placa diz "Trens para a vida, Trens para a Morte". Coincidentemente, estou lendo um livro que se passa em Berlin - A menina que roubava livros - e o irmão da personagem principal morre em um trem...


Fomos então para o Checkpoint Charlie, que era um posto militar entre a Alemanha Oriental e Ocidental durante a Guerra Fria. O nome foi dado representando a letra do alfabeto C, já que já haviam os Checkpoints A e B (Alpha, Bravo, Charlie). O ponto tornou-se um símbolo de liberdade para muitos alemães orientais, que tentavam escapar do comunismo soviético.



Imagens antigas ilustram as paredes e mostram cenas da época em que a Alemanha era divida em duas. Um ponto famoso é o museu "Haus am Checkpoint Charlie", que foi aberto dois anos depois da derrubada do muro.



Na passagem, um homem com roupa de exército posa para fotos com os turistas. Mas cobra 1 Euro para isso, então eu só tirei uma foto de cantinho.


No lado americano há uma grande foto de um soldado soviético, e no lado soviético a foto de um soldado americano. Não sei se qual lado tirei essa foto...



Uma árvore de Natal com bandeiras de diversos países enfeita o local agora no mês de dezembro. Não fiquei muito tempo procurando, mas não achei a do Brasil.

Logo ali, olhando para o chão, vemos uma plaquinha que diz "Muro de Berlin 1961 - 1989", que mostra um dos locais onde o muro estava. Fiquei empolgada de ver, mas meio decepcionada por achar que isso era tudo do muro que veria...


Caminhamos pela Friedrichstraße, que nos levou até o Jüdisches Museum, o museu dos Judeus. Arquitetado pelo judeu polonês Daniel Libeskind, é profundamente filosófico e mexeu demais comigo.
Tem um local que se entra em uma sala escura e muito fria. O silêncio lá dentro é deprimente, o que é para relembrar o que os judeus passaram durante o governo Hitler.

Outra parte do museu é composta por rostos de ferro espalhados pelo chão. Para seguir adante, temos que pisar neles. O barulho metálico é agoniante e os rostos representam rostos dos judeus assassinados.


Diversos materiais antigos e muita história compõem este museu. Passamos quase 3 horas lá dentro, mas parece que foi quase nada. Não lemos 1/5 das informações, mas já valeu muito a pena.


A placa, um dos símbolos mais explícitos de discriminação que vi exposta no Jüdisches Museum, diz "Judeus não são servidos aqui".

Para deixar o clima um pouco mais light, fomos para um outro ponto turístico muito famoso: O Brandenburger Tor.

Fiquei muito feliz que fomos lá à noite, porque a iluminação estava linda. Decoração de Natal, é claro, também estava presente...




Na foto, Fabienne (Alemanha, Aiesec), Yang (China, Bab.la), Sina (Irã, trabalha na empresa SGS), eu.

Tinha um músico tocando violão e o momento ficou ainda mais especial. Por favor, ignorem o barulho da sirene ao fundo no vídeo.




Depois fomos para um Irish Pub (um barzinho irlandês) que estava bem divertido. Tinha uma dupla cantando e tocando de forma muito empolgada.

2 comentários:

Anônimo disse...

O que posso dizer? Simplesmente maravilhoso. Este relato dá para qualquer um viajar junto!!!

Carlos Eduardo disse...

Oi Vicki!
Que legal o teu blog...estou acompanhando direto.
Essa parte histórica de Berlim, como não poderia deixar de ser, achei muito legal...
Fico feliz também que estejas lendo o livro.
Abraços e um ótimo Natal pra ti aí.